Psicóloga Renata Pastor - Aleitamento materno

Vamos falar sobre aleitamento materno?

Decidi fazer esse post já que Agosto é o mês de Incentivo ao Aleitamento Materno, e gostaria de trazer com ele um pouquinho o processo de maternagem.

Primeiramente gostaria de reforçar que esse conteúdo não é de obscurecer ou tirar a importância do aleitamento materno, e sim elucidar que o bebê alimentado por fórmula não terá menos benefícios e prejuízos no seu desenvolvimento, por conta da forma que estará recebendo seu alimento.

O que tenho visto sobre o aleitamento materno

Não apenas pela experiência de consultório, mas também pelo convívio de mulheres que fazem parte do meu cotidiano, além de grupos de redes sociais que acompanho de mamães (principalmente) de primeira viagem, percebo que muitas mulheres trazem um discurso de que se seus bebês forem alimentados exclusivamente via aleitamento materno, estes receberão a alimentação “normal, perfeita e saudável”, além de estarem proporcionando um melhor “desenvolvimento da inteligência, e vínculo entre mãe-bebê”.

A pergunta que fica é: E como ficam os outros bebês? Por acaso, eles são “diferentes” e serão menos “dotados de inteligência”, ou “incapazes de formarem vínculos”?

Esse discurso é muito cruel tanto com as mães, como para as crianças.

As dificuldades comuns que surgem no martenar passam de um processo natural, para um sofrimento psíquico, ou seja, um gatilho para desenvolver uma possível depressão pós-parto.

O que esse discurso pode trazer para a saúde mental das mães?

Quando chega o tão desejado momento (nascimento do bebê), algumas mamães se deparam com um sofrimento intenso ao descobrirem as dificuldades, ou até mesmo a “incapacidade” de não conseguir alimentar seu bebê, pois até então pairava uma idealização de que seria “instintivo e prático” amamentar.

Há vários entraves que podem contribuir para essas dificuldades envolvendo aspectos fisiológicos, psíquicos e/ou emocionais. Aí se trava uma batalha para desconstruir tudo aquilo que havia sido idealizado, causando dor e sofrimento para aquela nova mamãe, devido a achar que não é uma “mãe por inteiro”, já que não “consegue exercer seu papel” e ainda ter que lidar com a “malvada” fórmula.

Reconstruir leva tempo, e esse tempo cronológico de agora não é o mesmo que o da gestação, e até mesmo anterior à esta.

Essas mamães reais quando relatam a “falha no processo”, trazem em seu discurso que não é possível uma “maternagem completa”, pois “como é possível fortalecer um vínculo da mãe e bebê, se não existe a conexão entre eles através desse peito que deveria alimentar?”.

Mamães a relação de vocês não é estabelecida por um peito, é muito além disso!

Mamães que optam por não amamentarem seus filhos, as vezes antes mesmo de gestarem, não são menos mães, e muito menos deixam de construir uma relação e de partilhar desse processo de construção e amadurecimento com seus bebês. Seus filhos têm a mesma possibilidade de desenvolvimento, que uma criança alimentada pelo peito, em todos os aspectos.

Amamentar é uma escolha. Não é um processo simples e natural, é um caminho onde muitas de nós teremos que desmistificar aquilo que nos instauraram, para reconstruir a verdadeira martenagem.

Cada mãe descobrirá sua forma de alimentar e martenar, não existe certo ou errado, e sim a experiência sentida e vivida por cada uma de vocês.

E você mamãe, passou ou passa por essas angústias?

E você futura mamãe, o que permeia sua mente sobre amamentação?

Sintam-se à vontade para entrarem em contato comigo…

 

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